Veja fatos curiosos sobre a vida do primeiro papa sul-americano

Um papa fora da curva desde o início - Já imaginou um papa que recusou a limusine oficial e preferiu voltar de ônibus com os colegas cardeais? Que morava num quartinho modesto no Vaticano, mesmo podendo viver rodeado de luxo? Pois é... esse foi o Papa Francisco, o primeiro pontífice sul-americano e o único jesuíta a ocupar o trono de São Pedro — e ele acaba de nos deixar, aos 88 anos.
Jorge Mario Bergoglio, nascido em Buenos Aires, não só quebrou tradições da Igreja ao se tornar papa em 2013, como conquistou o mundo com sua simplicidade. Escolheu o nome Francisco em homenagem a São Francisco de Assis, o santo que pregava a humildade e o amor pelos animais. Desde então, foi fiel a esse espírito.
Ele dançava tango e torcia pro San Lorenzo!
Antes de vestir o branco papal, Bergoglio dançava tango pelas ruas da Argentina e torcia apaixonadamente para o San Lorenzo, seu clube de futebol do coração. Sim, um papa boleiro!
Trabalhou como varredor de chão, segurança de boate e até químico antes de se tornar sacerdote. Sobreviveu a uma pneumonia grave ainda jovem e teve parte de um pulmão retirado — o que o deixou vulnerável a infecções por toda a vida.
Um papa que enfrentou o passado e promoveu a paz
Durante a ditadura militar argentina, Bergoglio foi alvo de críticas por não se posicionar firmemente contra os abusos do regime. Mas também foi reconhecido por ter ajudado ativistas em segredo — e essa dualidade marcou parte de sua trajetória.
Como papa, promoveu diálogos inéditos entre líderes religiosos, como judeus, muçulmanos, ortodoxos e protestantes. Chegou a reunir os presidentes de Israel e da Palestina no Vaticano para rezar juntos pela paz.
Outro feito notável: ajudou a intermediar o reatamento de relações diplomáticas entre Cuba e os EUA. Sim, esse papa sul-americano tinha habilidades diplomáticas de fazer inveja a qualquer embaixador experiente.
Simplicidade até o fim
Mesmo com o peso do mundo sobre os ombros, Francisco nunca deixou de lado seu estilo despojado. Evitava roupas luxuosas, viajava de classe econômica e escolheu viver num pequeno aposento da Casa Santa Marta, em vez do luxuoso apartamento papal.
Seu desejo era claro: uma Igreja “pobre para os pobres”.
Curiosidades que talvez você não sabia:
Ele escrevia suas homilias à mão e quase sempre sem discurso preparado.
Gostava de mate argentino e tomava café da manhã lendo jornais impressos.
Foi o primeiro papa a abrir a possibilidade de renúncia em vida por questões de saúde, e chegou a escrever uma carta de renúncia preventiva.
Era contra associar o Islã à violência e frequentemente criticava o fundamentalismo religioso em todas as fés.
Um legado que vai além da religião
O papa Francisco talvez seja lembrado como um dos pontífices mais humanos da história — não apenas por seu carisma, mas por sua visão social, empatia com os mais humildes e coragem de tentar mudar estruturas conservadoras dentro da própria Igreja.
Sua morte, no dia 21 de abril de 2025, marca o fim de uma era — mas seu exemplo de simplicidade e compaixão vai ecoar por muito tempo.
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