Robert Sarah - O cardeal africano que pode mudar o Vaticano

Já imaginou um papa africano mudando os rumos do Vaticano? Entre os nomes mais falados para o próximo conclave, um se destaca por sua trajetória incomum, convicções firmes e simbolismo histórico: o cardeal Robert Sarah, da Guiné. Se for eleito, será o primeiro papa do continente africano ao sul do Saara, algo inédito em dois mil anos de história da Igreja Católica.
E tem mais: alguns acreditam que ele pode ser o cumprimento da profecia do "papa negro", atribuída a Nostradamus e São Malaquias. Coincidência ou destino?
Quem é Robert Sarah?
Robert Sarah nasceu em 1945 em uma pequena vila da Guiné, na África Ocidental, e foi criado em uma família animista. Ainda menino, se converteu ao catolicismo graças à atuação de missionários e, aos 12 anos, entrou para o seminário.
Com uma trajetória meteórica, foi nomeado arcebispo aos 34 anos — o mais jovem do mundo na época — por João Paulo II. Resistiu à ditadura em seu país com coragem e, mais tarde, ocupou cargos de destaque no Vaticano. Foi cardeal, prefeito do Culto Divino e é hoje uma das vozes mais influentes do setor conservador da Igreja.
Um defensor ferrenho da tradição católica
Sarah é conhecido por seu posicionamento profundamente conservador. Defende o uso do latim nas missas, o rito tridentino e se opõe a mudanças como:
Ordenação de homens casados
Comunhão a divorciados recasados
Bênçãos a casais do mesmo sexo
Em 2020, chegou a escrever um livro ao lado do papa emérito Bento XVI defendendo o celibato dos padres, o que causou polêmica dentro e fora da Igreja.
Por que ele é um "papável" tão simbólico?
A eleição de Sarah seria vista como um marco histórico e espiritual. Não apenas por ser africano, mas por representar um retorno às raízes tradicionais do catolicismo. Sua firmeza doutrinária e experiência longa o tornam um nome de peso no colégio cardinalício, especialmente entre os mais conservadores.
Apesar da idade — ele tem 79 anos — muitos o enxergam como uma figura de transição, capaz de restaurar a clareza em tempos de confusão e divisão interna na Igreja.
A profecia do "papa negro": coincidência ou sinal dos tempos?
Há séculos, se fala sobre uma suposta profecia que diz que o último papa antes do fim dos tempos será um homem de pele negra. A ideia ganhou força com Nostradamus e também com São Malaquias, que teria previsto um papa chamado Petrus Romanus.
Embora a Igreja não reconheça oficialmente essas profecias, elas alimentam o imaginário popular — especialmente em tempos de incertezas. Robert Sarah se tornou, para muitos, o personagem perfeito de uma profecia antiga prestes a se cumprir.
Curiosidade: o que é o "papa negro"?
Historicamente, o termo “papa negro” também foi usado para se referir ao superior geral dos jesuítas, por causa da batina preta e do grande poder dentro da ordem. Isso gerou interpretações de que o atual papa, Francisco, já teria cumprido a profecia simbolicamente.
Mas a possível eleição de Robert Sarah daria um novo significado — literal e histórico — a essa lenda milenar.
Independente da profecia, algo está claro:
A possível eleição de Robert Sarah é um evento de peso global — e pode marcar um novo capítulo na história da Igreja, seja pelo conservadorismo que representa ou pela potência simbólica de sua origem africana.
Você já imaginou isso?
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