Em entrevista ao podcast GE na Rede #22, o vice-presidente da CBF e presidente da Federação Paraense de Futebol (FPF), Ricardo Gluck Paul, garantiu que a Copa Verde seguirá firme nos próximos anos — e com novidades. Segundo ele, além de mudanças no formato da competição, a proposta é ampliar a participação para incluir clubes de países que integram a chamada Amazônia internacional.

A Copa Verde não vai acabar. Lembro do ano passado também dizer isso, que não ia dar vaga para a Copa do Brasil. Antes, você tinha uma gestão muito centralizadora e as pessoas não tinham nenhum poder de decisão. Agora não, agora vai ter autonomia para implantar as suas ideias — afirmou Gluck Paul.

Copa Verde com clubes da Conmebol 

Foto: Rafael Ribeiro/CBF

A ideia é que, além dos times da Amazônia brasileira — como Acre, Amapá, Amazonas, Mato Grosso, Pará, Rondônia, Roraima e Tocantins — e outros já participantes, como Distrito Federal, Espírito Santo, Goiás e Mato Grosso do Sul, a Copa Verde possa incluir clubes da Bolívia, Colômbia, Equador, Guiana, Guiana Francesa, Peru, Suriname e Venezuela. O dirigente também destacou o potencial comercial da competição, que segundo ele nunca foi explorado de forma adequada.

O formato tem que melhorar. Mas eu vou falar uma coisa que vai chocar: ela nunca teve um trabalho comercial. Você pega a Copa do Nordeste, por exemplo, que hoje arrecada 60 milhões e distribui. O Fortaleza, só na primeira fase, fatura cerca de 3 milhões de reais. E a Copa Verde paga para o campeão 440 mil. Com todo respeito, eu vejo a Copa Verde com um potencial comercial muito maior, porque ela tem uma causa por trás — explicou.

De acordo com Gluck Paul, transformar a competição em uma plataforma de sustentabilidade pode atrair novos patrocinadores e investidores interessados em causas ambientais. Ele ainda revelou que já tem conversado com o novo presidente da CBF, Samir Xaud, sobre como profissionalizar a estrutura de marketing da Copa Verde.

Ela tem que se apresentar como uma competição sustentável, com soluções. Ela conversa com outro público de investidores, são os que compram a causa. E ela nunca foi trabalhada comercialmente. Agora o presidente Samir já colocou, diversas vezes, que a prioridade também é montar uma estrutura comercial para trabalhar a Copa Verde. Posso te adiantar que ela vai se fortalecer ainda mais, e esse é o nosso desejo — completou.

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