Palmeiras e Internacional lideram exportações de jogadores nos últimos cinco anos

Um estudo publicado pelo site Sambafoot aponta que Palmeiras e Internacional estão entre os clubes brasileiros que mais exportaram jogadores nos últimos cinco anos. O Palmeiras lidera com 73 vendas, enquanto o Internacional registrou 65. Também aparecem no Top-10 Botafogo e Corinthians, com 58 transferências cada, Flamengo com 56, Atlético-MG 50, Santos 49, Cruzeiro 48, Fluminense 47 e São Paulo 44.
No Palmeiras, algumas negociações recentes se destacam. O atacante Endrick foi vendido ao Real Madrid por valores que podem chegar a 72 milhões de euros, podendo se tornar a maior venda da história do futebol brasileiro. O atacante Estevão seguiu para o Chelsea por 61,5 milhões de euros após a disputa do Super Mundial, e o zagueiro Vitor Reis foi negociado por 37 milhões de euros, a maior transação já registrada por um defensor brasileiro.
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“O Vitor saiu engrandecido do Palmeiras, estava lá desde criança; um clube que tem como premissa a capacitação por completo do profissional desde a base, chegando a uma das maiores instituições do mundo como uma das principais vendas globais de um defensor. É esse exemplo que queremos levar a outros profissionais que estão conosco, e tenho certeza que é apenas o início do surgimento de várias novas histórias” — afirma Claudio Fiorito, CEO da P&P Sport Management, que acompanha a carreira de Vitor Reis desde o início.
Além deles, outros quatro jogadores renderam cifras relevantes: o meia Luís Guilherme, vendido ao West Ham (30 milhões de euros); o volante Danilo, para o Nottingham Forrest (20 milhões de euros); o meia-atacante Artur, ao Zenit (18 milhões de euros); e o atacante Kevin, para o Shakhtar Donetsk (15 milhões de euros).
“Além das transferências dos maiores destaques jovens dos principais clubes brasileiros para os mais ricos da Europa, ainda veremos uma quantidade enorme de jovens atletas, que não se destacam ou mesmo que não atuam nas equipes principais dos clubes, deixando o Brasil. Nosso mercado tem uma ‘indústria’ de grande porte, de formação de atletas, já estabelecida, e com vários novos entrantes a cada ano, que não vê, ‘na outra ponta’, crescer o número de clubes capazes de remunerar bem tantos atletas que vêm sendo formados”, explica Thiago Freitas, COO da Roc Nation Sports no Brasil.
No Internacional, o atacante Gabriel Carvalho, de 17 anos, foi vendido ao Al Qadisiyah, da Arábia Saudita, por valores que podem chegar a US$ 22 milhões (R$ 136,3 milhões), tornando-se a segunda maior transferência do clube. A maior permanece sendo a do atacante Yuri Alberto, negociado em 2022 por 25 milhões de euros ao Zenit. Na última temporada, o meia Maurício foi transferido ao Palmeiras por 10,5 milhões de euros.
“O Internacional tem trabalhado com um modelo sólido de formação e valorização dos seus ativos, e os números refletem isso. Estar entre os clubes que mais exportaram atletas nos últimos cinco anos é um indicativo da competência e da seriedade do trabalho desenvolvido. As recentes negociações, como a do Gabriel Carvalho, reforçam a capacidade do clube de preparar talentos e colocá-los no cenário internacional com reconhecimento e valorização”, afirma José Olavo Bisol, vice-presidente de futebol do Internacional.
O levantamento reforça ainda que o Brasil segue líder entre os países que mais exportaram jogadores, segundo o Relatório Global de Transferências da Fifa em 2024, com 1.289 atletas negociados. França aparece em segundo lugar, com 1.033, seguida por Argentina (905), Inglaterra (535) e Espanha (458).
“Se considerarmos o número de atletas oriundos dos 40 principais formados do país, que a cada ano ficam impedidos, pela idade, de atuar nas categorias de base deles, veremos que algumas centenas de jovens de 21 anos são disponibilizados no mercado brasileiro, sem perspectiva de colocação, o que tem forçado grandes clubes a já buscarem alternativas de direcionamento já quando esses atletas estão prestes a completar 19 anos, tentando transformar a cedência deles em ativos secundários. É comum um grande clube direcionar uma dúzia de jovens sem que seus torcedores se preocupem com esse processo, por não serem atletas de destaque”, complementa Freitas.
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