Moraes retira GSI da escolta de Bolsonaro e padroniza segurança
Ministro afirmou que, pelo ex-presidente estar em prisão domiciliar, segurança já é garantida pelas polícias Penal e Federal

O ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), Alexandre de Moraes, determinou nesta quarta-feira (17), que o transporte e a escolta de Jair Bolsonaro, em prisão domiciliar, passem a ser feitos apenas pela Polícia Federal (PF) ou pela Polícia Penal, retirando o Gabinete de Segurança Institucional (GSI) dessa função.
No despacho, o magistrado destacou a necessidade de “maior padronização dos deslocamentos, da segurança do ex-presidente e da garantia da ordem pública”.
A medida foi tomada após falhas registradas no domingo (14), quando o ex-presidente deixou sua residência para realizar um procedimento médico no Hospital DF Star, em Brasília. Na ocasião, ao sair do hospital, Bolsonaro permaneceu em pé ao lado do carro da Polícia Penal por alguns minutos, enquanto apoiadores gritavam palavras de ordem. A cena levou Moraes a cobrar esclarecimentos das forças de segurança.
Em resposta, a Polícia Penal encaminhou um relatório que embasou a decisão de Moraes e registrou que, na saída do hospital, a equipe se deparou com “um número muito grande de populares bem próximo à viatura” que transportaria Bolsonaro. Os agentes relataram ainda que, diante do “risco iminente de eventual desordem”, optaram por não usar força para acelerar o embarque.
Na decisão, Moraes afirmou que, por Bolsonaro estar em regime de prisão domiciliar, a segurança já é plenamente garantida pelas polícias Penal e Federal.
– Não há necessidade da manutenção do GSI para realização de eventuais deslocamentos – escreveu.
O ministro também determinou que “todo o transporte, deslocamento e escolta de Jair Messias Bolsonaro deverá ser organizado, coordenado e realizado pela Polícia Federal ou Polícia Penal”, enquanto o GSI ficará restrito à proteção dos familiares.
Bolsonaro cumpre prisão domiciliar no inquérito que investiga sua suposta tentativa de coagir o Supremo por meio de autoridades norte-americanas para reverter a condenação no processo do suposto golpe de Estado, pelo qual foi sentenciado a 27 anos de prisão.
Pleno.news
COMENTÁRIOS