Junior Vilela

A corrida por curtidas na política, entre o ridículo e o necessário
A corrida por curtidas na política, entre o ridículo e o necessário

Nos últimos anos, tornou-se comum observar políticos mergulhados em uma verdadeira corrida pela atenção nas redes sociais. A ânsia por likes e engajamento transformou-se em moda, levando muitos a criar conteúdos exagerados, sem coerência com sua função pública, apenas na expectativa de viralizar. Danças coreografadas, piadas de mau gosto e situações que beiram o absurdo têm ocupado o tempo e a energia de figuras que deveriam estar voltadas a debater soluções concretas para os problemas da população.
Esse comportamento pode até gerar repercussão momentânea, mas o que sobra, muitas vezes, é a imagem de um político que se submete ao ridículo em troca de segundos de fama digital. E aqui se encontra o grande equívoco. Popularidade instantânea não se converte, necessariamente, em confiança duradoura, nem em votos.
Política não é show, é comunicação responsável
O papel de um líder público vai muito além de conquistar curtidas. A política exige diálogo com toda a população da cidade ou do estado, e não apenas com aqueles que interagem em vídeos engraçados ou tendências passageiras. O verdadeiro compromisso do político deve estar em se comunicar de forma clara, transparente e estratégica, prestando contas de suas ações e respondendo às demandas reais dos cidadãos.
É nesse ponto que o marketing digital bem estruturado se mostra um aliado poderoso.
Tráfego pago é a ponte entre político e cidadão
Ao contrário da lógica rasa da viralização, o tráfego pago oferece ao político a possibilidade de falar com toda a população, de forma organizada e direcionada. Quando planejado com técnica e inteligência, o investimento em mídia digital permite alcançar diferentes públicos, como o jovem conectado em redes sociais, o trabalhador que busca informação objetiva e o eleitor mais maduro que acompanha os canais de notícias.
Mais do que isso, o tráfego pago possibilita segmentar mensagens, construir narrativas sólidas e trabalhar campanhas de remarketing que reforçam a presença e as propostas do candidato ao longo do tempo. Não se trata de gritar por atenção, mas de estruturar diálogos consistentes e acessíveis.
O que o eleitor espera
O eleitor não precisa de um político com dancinhas engraçadas ou desafios vazios. O que ele deseja é confiança, clareza e compromisso. A comunicação digital deve servir para aproximar o representante do representado, permitindo que a população se sinta ouvida e acompanhada.
Portanto, não é de likes que um político precisa, mas de votos de confiança. Votos que se conquistam com coerência, prestação de contas e uma presença digital que valorize o eleitorado, em vez de ridicularizar a função pública.
A moda de buscar viralização a qualquer custo pode até render aplausos passageiros, mas não constrói reputações sólidas. Para quem deseja, de fato, governar, a chave está em usar o digital como ferramenta de comunicação estratégica, investindo em tráfego pago com inteligência e respeitando o eleitor.
Mais do que curtidas, a política deve buscar credibilidade.
Por Júnior Vilela
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