Imagine que você está na academia, fazendo seu último exercício do dia. Os músculos estão queimando, o suor escorre pelo rosto e a pergunta martela na cabeça: será que eu preciso ir até a falha muscular para ganhar resultados de verdade?

Essa ideia ganhou fama com o lendário Arnold Schwarzenegger, que no documentário Pumping Iron (1977), afirmou:

“São as últimas três ou quatro repetições que fazem os músculos crescerem.”

Para Arnold, ultrapassar o limite da dor era o segredo para hipertrofia. Mas... será que isso funciona para todo mundo?

O que é “treinar até a falha”, afinal?

Treinar até a falha significa repetir um exercício até o ponto em que o músculo simplesmente não consegue mais completar o movimento com boa forma. Literalmente: falhou. É quando você tenta levantar o peso e não consegue mais.

Isso realmente aumenta os músculos?

A resposta curta: depende.

Estudos mostram que treinar até a falha pode ajudar na hipertrofia, mas não é obrigatório. O fator mais importante para ganhar músculos é a sobrecarga progressiva — ou seja, desafiar seus músculos cada vez mais, seja com mais peso, mais repetições ou menos descanso.

Treinar até a falha pode ser útil em alguns momentos, mas não deve ser a regra em todos os treinos. Isso porque o risco de overtraining, lesões e até queda na performance é maior quando você força o corpo sempre ao extremo.

Quantas repetições são ideais?

A ciência sugere um número mágico: entre 6 e 12 repetições por série para quem busca hipertrofia. Esse intervalo estimula tanto força quanto crescimento muscular. O ideal é escolher uma carga que te desafie de verdade dentro dessa faixa.

E aqui vai um segredo pouco falado: a última repetição deve ser difícil, mas possível de ser feita com boa forma. Você não precisa se destruir em toda série.

Curiosidades que você provavelmente não sabia:

• 
  

  Treinar até a falha ativa mais fibras musculares, mas também estressa muito o sistema nervoso central.

  
  


• 
  

  Arnold Schwarzenegger, mesmo com toda sua filosofia de dor e suor, sabia a hora de parar. Ele mesclava treinos pesados com estratégias inteligentes de descanso e recuperação.

  
  


• 
  

  Um estudo da Journal of Strength and Conditioning Research mostrou que pessoas que não treinavam até a falha também conseguiram bons resultados — desde que aumentassem o volume total do treino.

  
  


• 
  

  O corpo não cresce na academia, mas sim no descanso. O crescimento muscular acontece durante o sono e nos dias de recuperação.

  
  

Afinal... Devo treinar até a falha?

Não precisa, mas pode — com moderação.

Use essa técnica estrategicamente, talvez na última série de um exercício ou em treinos mais curtos e intensos. O importante é manter a regularidade, ajustar a carga progressivamente e respeitar os limites do corpo.

Como diz o ditado dos marombeiros mais experientes: “Treinar inteligente é melhor que treinar pesado.”