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Aparecida,19/05/2025

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Morre uma das siamesas de São Paulo separadas em Goiás

Kiraz, de 1 ano e seis meses, estava internada em estado grave junto com a irmã Aruna. Gêmeas eram unidas pelo tórax, abdômen e bacia, e foram separadas após uma cirurgia de 19 horas.

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Morre uma das siamesas de São Paulo separadas em Goiás Reprodução das redes sócias
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Uma das siamesas que vieram de São Paulo para serem separadas em Goiás faleceu, segundo a família. A morte de Kiraz, de 1 ano e seis meses, foi confirmada pelo pai nesta segunda-feira (19). Ela e a irmã Aruna viajaram até Goiânia para que o procedimento fosse realizado pelo médico Zacharias Calil, no Hospital Estadual da Criança e do Adolescente (Hecad). 

"Descanse em paz, filha!", publicou o perfil das gêmeas no Instagram.

Em nota, o hospital informou que ainda está em andamento o protocolo de morte encefálica da Kiraz (leia o pronunciamento completo ao final do texto). O estado de saúde de Aruna ainda não foi divulgado.

As gêmeas eram unidas pelo tórax, abdômen e bacia. Elas foram separadas em uma cirurgia de 19 horas, que iniciou dia 10 e terminou em 11 de maio. Após o procedimento, Kiraz e Aruna tiveram febre alta e ficaram entubadas na Unidade de Terapia Intensiva (UTI). 


Complexidade da cirurgia


O procedimento contou com a participação de 16 especialistas e com uma equipe multidisciplinar de 50 profissionais. A preparação para o procedimento começou há 6 meses, quando foi realizada a primeira cirurgia de pré-separação, onde as meninas receberam expansores de pele.


"São cerca de 16 profissionais envolvidos, entre eles quatro anestesistas, residentes, três urologias, pediatras e ortopedistas. A cirurgia tem um custo de mais de R$ 2 milhões e é custeada totalmente pelo SUS", pontuou Zacharias.

O cirurgião considerou o procedimento muito complexo e destacou que somente a retirada da terceira perna durou cerca de três horas.


De acordo com o médico, a divisão dos órgãos provoca um processo inflamatório intenso. “Você tem que dividir o intestino, as bexigas, retirar a terceira perna. Tudo isso provoca uma reação inflamatória intensa nos dois organismos", explicou.


"O fígado pra mim foi uma surpresa muito grande. A gente sabia que ele era espesso, mas daquela quantidade não. Não é um fígado normal que a gente tá acostumado a ver em qualquer paciente, o delas é um tumor que dividia os dois lados", mencionou Zacharias.


Históricos

As crianças vieram de Igaraçu do Tietê, em São Paulo. Segundo o Hecad, o processo cirúrgico contou com mais de um ano de planejamento. As irmãs são acompanhadas desde os primeiros meses pelo médico e deputado Zacharias Calil.


Além do procedimento, as gêmeas passaram por consultas quinzenais em abril e visitas semanais ao hospital para que o crescimento das duas fosse acompanhado, além do esquema vacinal, para garantir a imunidade das irmãs.


Segundo o especialista, as gêmeas eram unidas pelo osso ísquio e possuíam três pernas e compartilhavam a bacia, abdômen e tórax, além de diversos órgãos, sendo classificadas como esquiópagas triplas, um caso especialmente complexo.


Nota do Hecad

O Hospital Estadual da Criança e do Adolescente (Hecad) informa que está em andamento o protocolo de morte encefálica da paciente Kiraz, uma das gêmeas siamesas separadas no último dia 10 de maio. A confirmação do óbito só poderá ser feita após o encerramento do protocolo, por volta das 13h, com a realização de todos os exames clínicos e complementares necessários, conforme prevê a legislação vigente.


Hospital Estadual da Criança e do Adolescente (Hecad/SES-GO)




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