Uma mulher que se passava por enfermeira estética foi presa em flagrante nesta sexta-feira (6), no Setor Urias Magalhães, em Goiânia, durante uma operação da Central Geral de Flagrantes com apoio da Vigilância Sanitária municipal. A falsa profissional, que utilizava o nome “Dra Diana Marinho”, mantinha uma clínica clandestina onde realizava procedimentos estéticos ilegais, sem qualquer formação ou autorização profissional válida.

Diploma falso e produtos vencidos

A suspeita apresentava documentos falsificados, incluindo um diploma de enfermagem e uma carteira do Conselho Regional de Enfermagem (Coren). Durante a inspeção, os agentes encontraram agulhas reutilizadas, medicamentos vencidos, substâncias sem registro na Anvisa e compostos com até 56 ativos não autorizados. Entre os itens apreendidos estavam anabolizantes, anestésicos e até bicarbonato de sódio injetável com validade expirada.

Além das infrações sanitárias, as autoridades localizaram notas fiscais que comprovam a realização de diversos procedimentos no local. Os tratamentos oferecidos pela falsa enfermeira envolviam técnicas invasivas que, por lei, só podem ser executadas por médicos ou enfermeiros habilitados.

Envolvimento em rede criminosa internacional

Segundo a Polícia Civil, a investigada faz parte de uma organização criminosa liderada por Luana Nadejda Jaime, uma falsa enfermeira foragida na Europa e procurada pela Interpol. A ligação com a rede amplia a gravidade do caso, apontando para um esquema estruturado de fraudes na área da saúde estética.

A mulher responderá por diversos crimes, incluindo:

•Exercício ilegal da medicina

•Uso de documentos falsos

•Comercialização de produtos terapêuticos irregulares

•Associação criminosa

Sem direito a fiança, a suspeita permanecerá presa até a audiência de custódia. A polícia solicita que possíveis vítimas da falsa profissional se apresentem à delegacia para prestar depoimentos.

Cuidados ao buscar procedimentos estéticos

Casos como este reforçam a importância de verificar a qualificação dos profissionais antes de realizar qualquer tratamento estético. Segundo a legislação brasileira, procedimentos como aplicação de toxina botulínica, preenchimentos e harmonizações faciais só podem ser executados por profissionais da saúde habilitados e registrados em conselhos competentes.

Além disso, é essencial confirmar se a clínica possui licença da Vigilância Sanitária e se os produtos utilizados são autorizados pela Anvisa. A busca por procedimentos mais baratos pode representar sérios riscos à saúde e à vida.