Um crime brutal abalou o bairro onde vivia Rosilda Flausina de Jesus Santos, de 49 anos, em Goiânia. A mulher foi assassinada a facadas pelo ex-companheiro no último fim de semana. O corpo foi encontrado após vizinhos estranharem o comportamento de seu cachorro, que permaneceu por horas em frente à casa do suspeito. A atitude incomum do animal levou à descoberta do crime.

Segundo a Polícia Civil, o ex-companheiro, de 64 anos, confessou o assassinato e agora responde por feminicídio. O casal havia se separado há cerca de um mês após um relacionamento de um ano e meio, mas continuavam mantendo contato.

Discussão, desaparecimento e o alerta do cachorro

De acordo com testemunhas, na noite da sexta-feira (6), o casal foi ouvido discutindo. No dia seguinte, Rosilda não foi mais vista pelos vizinhos. O comportamento do cachorro, que era muito apegado à tutora e não se afastava dela, causou estranheza. O animal permaneceu o dia inteiro diante do portão da residência do ex-companheiro, o que levantou suspeitas de que algo grave poderia ter acontecido.

Diante da situação, moradores decidiram acionar a polícia. Ao entrar no imóvel, os agentes encontraram Rosilda já sem vida, com múltiplos ferimentos de faca. O suspeito ainda estava na residência e foi preso em flagrante.

Suspeito diz estar embriagado e não se lembrar do crime

Em depoimento, o homem alegou ter ingerido bebida alcoólica e disse não se lembrar com clareza do que aconteceu. Segundo sua versão, Rosilda o encontrou em um bar para conversar e depois foi até sua casa. Ainda sem conseguir explicar os motivos do ataque, ele afirmou apenas que estava bêbado no momento.

A delegada Gabriela Adas, responsável pelo caso, confirmou que o suspeito confessou o crime e que ele responderá por feminicídio. A motivação ainda será esclarecida no decorrer das investigações, o que pode impactar a definição jurídica e o andamento do processo.

Investigação segue com depoimentos e laudos periciais

O corpo de Rosilda foi encaminhado ao Instituto Médico Legal (IML) para exame necroscópico. Familiares relataram à polícia que, mesmo após o término do relacionamento, ela ainda mantinha contato com o ex-companheiro.

A Polícia Civil continua colhendo depoimentos de testemunhas e aguarda os laudos periciais para concluir o inquérito. O autor do crime segue preso e à disposição da Justiça.