A cobertura vacinal contra a Influenza segue abaixo do esperado em Goiás. Desde o inicio da campanha até o momento, somente 20% do público-alvo recebeu a dose, conforme balanço da Secretaria Estadual de Saúde (SES). A meta é imunizar 95% das pessoas que integram os grupos prioritários, como crianças entre 6 meses e menores de 6 anos, gestantes e idosos.

Para a subsecretária de Vigilância em Saúde, Flúvia Morin, os índices são preocupantes. “Estamos muito longe da cobertura ideal. Precisamos alcançar um número maior de pessoas para garantir proteção adequada”, afirma.

No cenário nacional, a situação é ainda mais critica, pois a média de cobertura está em torno de 23%. Em Goiás, mesmo com o reforço promovido durante o “Dia D”, que resultou na aplicação de mais de 40 mil doses em um único dia, o avanço ainda é considerado insuficiente diante da crescente circulação do vírus.

“Nas últimas duas semanas, nossos serviços sentinelas registraram um aumento expressivo de casos de síndrome gripal associados ao vírus influenza. Isso mostra que o vírus está circulando intensamente, e precisamos imunizar com urgência, principalmente os mais vulneráveis”, alerta Flúvia.

O secretário de Estado da Saúde, Rasivel Santos, reforça que a vacinação é essencial para evitar casos graves e internações. “As vacinas são seguras e salvam vidas. Pessoas vacinadas apresentam quadros mais leves e, na maioria das vezes, não precisam de internação.”, ressaltou.

Outro ponto de atenção da SES é o aumento dos casos de Síndrome Respiratória Aguda Grave (Srag), condição que envolve complicações respiratórias causadas por vírus como influenza, Covid-19, rinovírus e o vírus sincicial respiratório (VSR). A imunização é uma das formas mais eficazes de prevenir esses agravamentos.

Neste primeiro momento, a vacinação contra a influenza em Goiás é direcionada apenas aos grupos prioritários definidos pelo Ministério da Saúde. Além de crianças, gestantes e idosos, também integram essa lista, puérperas, povos indígenas, trabalhadores da saúde, da educação e dos Correios, pessoas com comorbidades ou deficiência permanente, profissionais da segurança pública e das Forças Armadas, caminhoneiros, motoristas e cobradores de ônibus, trabalhadores portuários, funcionários do sistema prisional, adolescentes sob medidas socioeducativas e pessoas privadas de liberdade.