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Aparecida,04/11/2025

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Abastecer com etanol estraga o motor? Entenda o risco

jaimaginouisso.com.br
Abastecer com etanol estraga o motor? Entenda o risco

Você já se perguntou se abastecer com etanol pode, de alguma forma, estragar o motor do seu carro? Muita gente acredita que o combustível é sempre mais limpo e econômico, o que é verdade em parte. Mas o que poucos sabem é que, dependendo da forma de uso, ele pode contaminar o óleo do motor, atrasar o aquecimento e reduzir a durabilidade do veículo.


O tema foi explicado pelo engenheiro mecânico Kleber Willians, em um vídeo no canal Car UP, no YouTube. Segundo ele, o etanol tem muitas vantagens, mas também peculiaridades químicas que podem causar problemas, especialmente nos carros flex usados em trajetos curtos.



“O motor a combustão é uma máquina térmica. Quanto mais calor ela recebe, mais potência gera, e é justamente aí que o etanol perde para a gasolina”, explica Kleber.



Etanol é prejudicial para o motor do carro?
Etanol é prejudicial para o motor do carro?


⚗️ Etanol é limpo e potente, mas tem limitações


O etanol começou a ser amplamente utilizado no Brasil a partir da década de 1980, com o Programa Proálcool, que incentivava o uso de combustíveis renováveis. Ele é mais barato, menos poluente e ainda aumenta a potência do motor.


Porém, há uma diferença crucial entre ele e a gasolina: o poder calorífico. Enquanto a gasolina alcança cerca de 38 megajoules por quilograma, o etanol chega apenas a 27 megajoules. Essa diferença faz com que o motor demore mais para aquecer quando abastecido com álcool.


E quando o motor está frio, o óleo lubrificante ainda não atinge a viscosidade ideal. Isso aumenta o atrito interno e o desgaste das peças — especialmente em quem usa o carro apenas em trajetos curtos, sem tempo para o motor esquentar.


🔥 O perigo do aquecimento lento


Durante as partidas a frio, o sistema injeta até 30% mais combustível quando o carro está abastecido com etanol. Parte desse combustível não é queimada e escorre pelas paredes dos cilindros, chegando ao cárter, onde se mistura com o óleo.



“O etanol acaba diluindo o óleo lubrificante e quebrando a película protetora que evita o atrito entre as peças”, explica o engenheiro.



Essa mistura só evapora quando o motor atinge a temperatura ideal, o que demora bem mais com o etanol do que com a gasolina. Resultado: o óleo perde sua eficiência, o atrito aumenta e o motor sofre um desgaste silencioso.


Cana para fabricação de etanol
O etanol começou a ser amplamente utilizado no Brasil a partir da década de 1980


⚙️ Contaminação do óleo e redução da vida útil


A contaminação do óleo pelo etanol não causa danos imediatos, mas acelera o envelhecimento do motor. Segundo o especialista, usar etanol de forma contínua em percursos urbanos curtos pode diminuir significativamente a durabilidade das peças internas.


Kleber recomenda alternar entre etanol e gasolina, principalmente para quem dirige pouco ou usa o carro em trajetos diários de curta distância. A gasolina ajuda o motor a atingir a temperatura ideal mais rápido, evitando que o etanol se acumule no óleo.


🏙️ Uso urbano exige cuidado


Para quem vive nas cidades, o recado é claro: prefira gasolina em trajetos curtos e reserve o etanol para viagens mais longas. A diferença no comportamento do motor pode não ser visível de imediato, mas no longo prazo faz toda a diferença.



“A gasolina ajuda o motor a aquecer mais rápido, preserva a lubrificação e evita a degradação precoce do óleo”, diz Kleber Willians.



🌱 Etanol continua sendo uma boa opção — com equilíbrio


Apesar das limitações, o etanol continua sendo um excelente combustível. Ele emite menos gases poluentes, gera mais potência e ainda reduz o acúmulo de carbono nas câmaras de combustão.


O segredo está no equilíbrio: entender quando e como usar. Em regiões mais quentes ou trajetos longos, o etanol puro não oferece grandes riscos. O problema surge quando o carro é usado apenas em pequenos percursos, onde o motor permanece frio.


🚘 O segredo está na alternância


Alternar o abastecimento entre gasolina e etanol é a melhor forma de preservar o motor, evitar contaminação do óleo e manter o desempenho equilibrado.



“O importante é adaptar o combustível à rotina de uso do veículo. Cada tipo de trajeto influencia diretamente na forma como o motor reage”, conclui Kleber.



Com a evolução dos motores flex, fica a curiosidade: será que as próximas gerações de veículos conseguirão eliminar de vez os desafios do etanol?


Talvez o futuro responda, mas por enquanto, o melhor é dirigir com consciência e combustível equilibrado.




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