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Aparecida,23/12/2025

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Nada de Natal! Conheça os países onde a celebração é proibida

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Nada de Natal! Conheça os países onde a celebração é proibida

Quando o Natal deixa de ser só uma festa


Luzes, árvores decoradas, músicas familiares e trocas de presentes. Em boa parte do mundo, o Natal é sinônimo de celebração, fé e consumo. Mas essa cena, tão comum em muitos países, simplesmente não existe em outros. Em algumas regiões, comemorar o Natal pode gerar multas, repressão policial ou até prisão.


Apesar de ser uma das datas mais difundidas do planeta, o Natal ainda é visto por certos governos como uma ameaça religiosa, cultural ou política. Em vez de união, a data é associada à influência estrangeira, ao Ocidente ou a valores considerados incompatíveis com tradições locais.



O que para uns é celebração, para outros é símbolo de dominação cultural.



Coreia do Norte: Proibido celebrações religiosas


Entre os casos mais extremos está a Coreia do Norte. O regime de Kim Jong-un proíbe qualquer celebração religiosa cristã. No dia 24 de dezembro, em vez do nascimento de Jesus Cristo, a população é orientada a celebrar o aniversário da mãe de Kim Jong-il, chamada oficialmente de “Mãe Sagrada da Revolução”.


Ao longo dos anos, o governo norte-coreano endureceu ainda mais as regras, proibindo reuniões com bebida alcoólica, cantorias e encontros festivos. Em 2013 e 2014, o país chegou a ameaçar conflito com a Coreia do Sul após a instalação de uma grande árvore de Natal na fronteira entre os dois territórios.


O regime de Kim Jong-un proíbe qualquer celebração religiosa cristã
O regime de Kim Jong-un proíbe qualquer celebração religiosa cristã


 


China: Natal cresce apesar das restrições


Na China, o Natal e o Cristianismo são oficialmente proibidos desde a Revolução Socialista. Ainda assim, milhões de cristãos comemoram a data de forma discreta. Estimativas não oficiais indicam que o número de fiéis cristãos cresceu significativamente na última década.


Curiosamente, o Natal também se popularizou entre famílias urbanas e mais ricas, especialmente em grandes cidades. Shoppings exibem decorações e eventos temáticos, embora autoridades locais frequentemente restrinjam celebrações em escolas e instituições públicas.


Em algumas universidades, associações estudantis já proibiram comemorações natalinas e de Ano Novo, alegando a necessidade de preservar a “confiança cultural” e evitar a influência de feriados religiosos ocidentais.


Na China, milhões de cristãos comemoram a data de forma discreta
Na China, milhões de cristãos comemoram a data de forma discreta


 


Tajiquistão: nem árvore, nem presentes


No Tajiquistão, país de maioria muçulmana na Ásia Central, as restrições ao Natal são rígidas, mesmo sendo um Estado oficialmente secular. A lista de proibições inclui árvores de Natal, fogos de artifício, ceias festivas e troca de presentes.


A figura do Papai Noel, conhecida localmente como “Papai Gelo”, também foi banida da televisão. Antes disso, o país já havia proibido outras celebrações populares no Ocidente, como o Halloween, chegando a deter pessoas fantasiadas em vias públicas.


Brunei: até dizer “Feliz Natal” pode gerar punição


Brunei adota a sharia, a lei islâmica, e proíbe celebrações públicas de Natal. Usar chapéus de Papai Noel, cantar músicas religiosas, acender velas ou exibir símbolos cristãos pode resultar em multas ou penas que chegam a cinco anos de prisão.


Pessoas não muçulmanas podem celebrar a data, mas apenas de forma privada e sem demonstrações visíveis. Lojas foram obrigadas a retirar decorações natalinas para evitar o que o governo considera “confusão religiosa”.


Brunei adota a sharia, a lei islâmica, e proíbe celebrações públicas de Natal
Brunei adota a sharia, a lei islâmica, e proíbe celebrações públicas de Natal


 


Somália: proibição por segurança e religião


Na Somália, o governo proibiu oficialmente o Natal sob a justificativa de que a celebração não tem relação com o Islã. As autoridades afirmaram que festas de fim de ano poderiam atrair ataques do grupo extremista Al-Shabaab.


Forças de segurança receberam instruções diretas para impedir qualquer comemoração natalina, inclusive em espaços privados que chamassem atenção.


Arábia Saudita: não é proibido, mas é desencorajado


Na Arábia Saudita, o Natal não é oficialmente ilegal, mas é fortemente desencorajado. Regulamentos anuais proíbem sinais visíveis da celebração, como decorações, árvores e símbolos religiosos cristãos.


Em 2012, dezenas de cristãos foram detidos sob acusação de conspirar para celebrar o Natal. Mesmo expatriados vivem sob restrições, o que torna a data praticamente invisível no país.


Até no Ocidente o Natal já foi proibido


Curiosamente, o Natal também já foi vetado em países ocidentais. Na Inglaterra, a celebração foi proibida em 1647 durante o governo puritano de Oliver Cromwell. Mercados foram fechados e protestos tomaram as ruas de Londres. A festa só voltou a ser permitida em 1660.


Nos Estados Unidos, colônias puritanas ameaçavam punir quem celebrasse o Natal entre os séculos 17 e 18. Em Cuba, o regime de Fidel Castro proibiu a data entre 1969 e 1998, até que o Papa João Paulo II influenciou o governo a restabelecer o feriado.



A história mostra que o Natal sempre foi mais político do que parece.



Uma data global, mas longe de ser consensual


O Natal é celebrado por bilhões de pessoas, mas está longe de ser universal. Em alguns países, a data representa fé e tradição. Em outros, simboliza interferência cultural, risco à ordem ou desafio ao poder político.


Essas proibições revelam que, muito além de luzes e presentes, o Natal carrega significados profundos, capazes de unir sociedades ou gerar conflitos silenciosos.




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