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Aparecida,20/12/2025

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Junior Vilela

Fundo eleitoral de R$ 4,9 bi e o absurdo do Dia do Beach Tennis

O custo da política explode com fundo eleitoral de R$ 4,9 bi e leis irrelevantes como o Dia Estadual do Beach Tennis em Goiás.


Fundo eleitoral de R$ 4,9 bi e o absurdo do Dia do Beach Tennis

O anúncio do aumento do fundo eleitoral para R$ 4,9 bilhões em 2026 deveria chocar qualquer brasileiro. Mais uma vez, a conta da política recai sobre o bolso do contribuinte. Não bastasse custearmos campanhas milionárias, continuamos pagando salários exuberantes, verbas de gabinete sem limite, auxílios de toda natureza, indenizações generosas e uma multidão de assessores que orbitam em torno dos parlamentares.

Sim, custeamos tudo isso. E, em troca, o que recebemos? Pautas irrelevantes, tempo desperdiçado e projetos que pouco ou nada mudam a vida do cidadão.

O custo da política não cabe mais no bolso do brasileiro

Pouca gente percebe o tamanho da fatura que a sociedade paga para sustentar o sistema político. Além do fundo eleitoral, que a cada eleição se agiganta, o brasileiro banca:

  • Super salários para deputados estaduais, federais e senadores;

  • Verbas de gabinete que ultrapassam centenas de milhares por mandato;

  • Auxílios de moradia, alimentação, combustível e telefonia;

  • Carros oficiais, passagens aéreas e reembolsos diversos;

  • Equipes de assessores inchadas em gabinetes parlamentares.

Enquanto a vida real cobra hospitais decentes, escolas funcionando e estradas transitáveis, nossos impostos sustentam privilégios que só crescem.

O exemplo de Goiás: quando a política se perde no supérfluo

Em Goiás, a cena recente é sintomática. A Assembleia Legislativa aprovou o “Dia Estadual do Beach Tennis”, a ser celebrado em 27 de agosto. A proposta partiu do deputado Bruno Peixoto (UB), com apoio de Cairo Salim (PSD), Talles Barreto (UB) e Gustavo Sebba (PSDB).

O argumento? Dar mais visibilidade ao esporte.

Nada contra o beach tennis. Mas convenhamos: será que a prioridade de um estado com sérios desafios em saúde, segurança e infraestrutura é instituir uma data comemorativa para um esporte de elite? Quantos cidadãos comuns sentirão algum impacto real dessa “conquista”?

Esse é o retrato de como a política insiste em se ocupar do acessório, enquanto o essencial continua esquecido.

A distância entre o povo e quem deveria representá-lo

Não é só sobre o valor do fundo eleitoral, mas sobre a lógica de uma política que vive em uma bolha. O cidadão paga a conta, mas não participa das escolhas. Enquanto isso, deputados e senadores seguem criando datas comemorativas, ampliando verbas e garantindo recursos para campanhas milionárias.

O povo trabalha, paga impostos e espera soluções. Recebe em troca mais privilégios para poucos e promessas que não se cumprem.

Até quando vamos bancar esse jogo?

O aumento bilionário do fundo eleitoral e a aprovação de pautas como o “Dia Estadual do Beach Tennis” mostram a contradição que marca a política brasileira: gastamos muito para receber pouco.

É hora de discutir seriamente o custo da política. É hora de questionar por que aceitamos financiar campanhas caríssimas, salários irreais e privilégios infindáveis enquanto falta o básico.

Enquanto essa roda girar, o povo continuará bancando uma conta que não fecha e assistindo à política se ocupar de tudo, menos do que realmente importa.



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